No Peru, mais de um século de achados arqueológicos estão em museus regionais, como o Museo Nacional de Arqueología, Antropología e Historia, em Lima, que abriga 17.000 restos humanos e vestígios de rituais funerários funerários. Alguns deles estão em exibição, entretanto, a maioria reserva-se a pesquisas.
Esta múmia é parte da coleção de Wilhelm Gretzer, um comerciante de Hanover que colecionou cerca de 40.000 objetos arqueológicos de trinta anos passados no Peru. Arthur Baessler, um dos grandes patrocinadores do que viria a ser o atual Museu Ethnologisches, comprou 11.000 objetos desta coleção e os doou ao museu. O exemplar que mostramos aqui estava entre eles.
Descrição:
- Parte do ritual funerário para o enterro de um homem
- Período: 900 - 1470 d.C.
- Origem: Peru, Chuquitanta
- Adquirido por Wilhelm Gretzer, 1899
- Propriedade: Museu Ethnologisches - Dtaatliche Museen zu Berlin
Devido à aridez extrema da região costeira peruana, os túmulos pré-colombianos e os bens neles contidos permaneceram quase intactos. Um rito de passagem preparava os cadáveres para a vida em outro mundo. Os falecidos eram acompanhados de itens como joias, alimentos e preciosidades. O fardo funerário dava aos restos mortais uma forma humana, permitindo que o falecido pudesse permanecer como parte da comunidade após a sua morte.
Em 1906, o estudioso independente Arthur Baessler publicou dezesseis imagens de raios-X de achados funerários, feitas com a técnica de radiação que havia sido descoberta em 1895. Este método de investigação não-invasivo foi repetido neste fardo funerário em 1970, além da Tomografia computadorizada (CT). Confira na figura! Os resultados revelaram que o homem enterrado tinha aproximadamente 165 cm de altura. Foram encontradas também fraturas no crânio e outras alterações no esqueleto provavelmente devidas a fatores de influência externa no fardo funerário.
Fonte: Humboldt Forum - exploring interactive exhibition